domingo, 21 de setembro de 2008

Amostra grátis televisiva


Eu não entendo. A Cultura tem um monte de programas bons, mas quase ninguém vê. Por quê? Bem, talvez porque a maioria passe em horários tardios demais (Observatório da Imprensa 00h10, Vitrine 01h00, Zoom 01h30, Alto Falante 03h00!!!), ou no mesmo horário da novela (Metropolis 21h40, Roda Viba 22h10....e quem é que quer trocar de canal essas horas?), de manhã e de tarde é só desenho. E que desenho, dá vontade de chorar...um dia estava cortando o cabelo e a cabelereira perguntou para um menino que esperava lá assistindo tv se ele queria que trocasse de canal e ele respondeu: “Pode ser, só não coloca nos desenhos da Cultura”, realmente já foram muuuito melhores (adorava assistir Pequeno Urso e Bosque dos Vinténs quando tinha meus 7 ou 9 anos), agora a faixa etária parecer ser de 4 anos pra baixo, tsc...isso acaba dando a idéia de que a Cultura só dá pra deseinhos idade bebê. Uma pena. Outro motivo pode ser pela constante troca de horário dos programas ou pelo simples sumiço do mesmo. Nunca dá pra confiar que um programa diário irá manter o mesmo horário por mais de duas semanas ou um semanal durante o mês todo. (Um Menino muito Maluquinho que passava no domingo em horário indeterminado, cada semana era um entre 11h a 13h00, eram tantas as mudanças que parei de assistir (e sim, parece coisa de criança, mas esse seriadinho é uma delicia de assistir)).
A cultura importa uma grande leva de seriados britânicos e australianos da BBC, muito interessantes, mas não dá continuidade, como se eles não tivessem importância para a programação, já perdi de vista a quantidade desses seriados (Manifesto de Wayne, Wishbone (ah, eu adorava este!), A Casa do Mago....), um dos únicos que passou com regularidade por quase 1 ano (mas não totalmente fiel ao horário, pra variar...) foi o sucesso americano Anos Incríveis, que já tinha sido exibido em meados de 1993 e voltou para a felicidade dos fãs (como eu), mas salvo essa exceção, a Cultura continua com suas ‘séries esporádicas’ que como são trazidas de canais muito específicos e de muito longe, não dá pra encontrar com facilidade se você gostar e quiser ver a continuidade (a não ser que tenha TV a cabo) . Parecem amostras grátis de uma coisa que você não vai poder comprar depois (ou seria justamente uma propaganda pra você assistir o resto num canal pago? Hmmm, não pensei nisso.......).
Uma dessas foi o recente Mudança de Vida (Out Here) trazido da BBC Austrália. Passava aos sábados , mais ou menos 17:30. Muito boa. Dois estudantes voluntários (um americano e uma britânica) vão pra Austrália quando um casal pede ajuda numa clinica veterinária. Um tipo de intecâmbio ou estágio. A situação dos jovens longe de casa e em contato com jovens australianos é bastante diversificada e realista (volta e meia aparecia um deles num tipo de cômodo fechado falando exclusivamente para câmera sobre algum problema que os afligia ou algo que os deixava feliz, era bem espontâneo e dava a sensação de que não estavam representando). Não entendo como puderam simplesmente cortar essa série no 5° ou 6° episódio. Rastreei a programação da Cultura todos os dias, por duas semana e não havia mais sinal dela...Droga.
Até mesmo pra se ter informações dela na Internet é difícl, aquele tipo de coisa que parece uma raridade, ou você mora num paíse onde é normal a exibição de séries de boa qualidade ou tem tv a cabo.
E por enquanto a gente vai se virando com a tv aberta brasileira....bléééé..........

sábado, 20 de setembro de 2008

Podemos Também Ser Estranhos


Até que ponto você pode dizer que conhece alguém?

Ou até que ponto você pode conhecer alguém chegando a desconhecer?

Uma amizade antiga e uma grande amizade são a mesma coisa? O tempo em que você conhece alguém pode fazer de vocês grandes amigos ou depois de todo aquele tempo você ainda consegue se surpreender com o tanto que desconhece a pessoa? Pense na sua vida, no tempo que passou, nas coisas que mudaram principalmente, nos amigos, nas pessoas próximas...você ainda consegue ser o mesmo com elas ou descobre que o que tinham em comum no passado já não tem mais nada a ver hoje? Se você conhecesse hoje as pessoas que estão na sua vida há tanto tempo, poderiam ainda ser amigos, rolaria a mesma quimica que acontecia quando tudo começou muito tempo atrás? Tenho sentido que não...As pessoas podem mudar tanto, e as coisas que tinham em comum no passado já não tem mais nada a ver hoje e então, o que fazer? É possível pedir divórcio de uma amizade? Ou é mais fácil trocar alfinetadas bem espetadas, reciprocas e inuteis, como dois velhos que já não sabem o que os faz ainda ficarem juntos e talvez por raiva ou cinismo, tem necessidade de trocarem ferroadas? Um laço de intimidade e antiguidade os une como algo que nunca se apagará, mesmo que tudo o que tenham vivido e que os uniu por tanto tempo agora pertença a uma outra vida que ficou no passado...um passado que não só não voltará como já não interessa a ninguém. Principalmente aos mais interessados...

Parece que as pessoas que você conhece a menos tempo te conhecem melhor, não parece? Talvez seja porque eles não te conheceram no passado, naquela sua vida que já não existe mais e que você prefere que fique só nas histórias, onde nem tudo precisa ser revelado . As que te conhecem a muito (muuuito) tempo parecem carregar um tipo de peso, que se mal fadado pode torná-los estranhos. Não que seja sempre assim, mas....

....eu queria que não precisasse ser assim, mas todos nós mudamos e por mais próximos que estejamos, ainda assim a vida pode nos separar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mais pesadelos


Nossa, mais um pesadelo na noite de hoje, e que não começou tão ruim...o problema nem é ter o pesadelo, mas a sensação que ele te deixa, principalmente no estágio de despertar, que normalmente é tão abrupto que te faz pensar que ainda estar sonhando com aquelas coisas horríveis...

Não me lembro direito dele, mas a idéia principal era a de que eu devia 'cometer suicídio' por uma boa causa (ave...será que virei fanática no sonho? rs), mas não era para machucar ninguém, a não ser a mim. Estava em um lugar muito bonito e agradável (hmmm, seria as arábias? ou as próprias portas do paraíso, rs), cheio de cortinas claras e esvoaçantes, de um tecido leve, talvez seda...eu precisava beber um veneno que no sonho chamava-se 'arsênico' (um elemento quimico que pode tanto ser tóxico ou não, depende, mas no sonho se eu bebesse ele puro iria morrer), a pessoa que dizia que eu devia fazer isso (era uma voz quem me ordenava aquilo, não sei se de homem ou mulher, mas era tão profunda e calma que eu a obedecia gentilmente) falava os efeitos passo a passo (macabro se contado posteriormente, mas na hora parecia mais uma receita de bolo de tão simples), que no início eu não sentiria nada, pois o veneno não tinha gosto, e depois começaria a sentir um leve sono, quase como se fosse uma anestesia.....em seguida viria o verdadeiro efeito do arsênico, que era uma queimação interna e sufocamento, mas ai novamente eu iria sentir sono, muito sono e não sentiria os efeitos brutais do veneno que enfim me mataria, aquele seria o meu último sono... A explicação passou por mim de maneira ligeira, quase como se não pudesse sentir o peso daquelas coisas, como se fossem distantes....Fui até uma cama enorme de casal, com uma colcha de um branco ofuscante, e tão fofa....meu jazido final (brrrr....), com aquela cara apalermada de quem esta reziginada a fazer algo sem perguntar o porque, quase dopada pela voz. Sentei na cama e bebi o arsênico, me deitando em seguida, sentindo inicialmente o sono que a voz tinha dito que sentiria. Fiquei de certa forma feliz, afinal, não era tão ruim assim, parecia como nos sonos normais, era até bem mais agradavel, achei que tudo o que falavam sobre 'morrer' fosse besteira, não doia nada.......até que....começou o segundo estágio, aquele propriamente dito do efeito do veneno, começou com uma sensação de calor, e depois essa queimação foi invadindo o corpo todo, como se fosse me queimar mesmo, e embora tentasse relaxar e dizer pra mim mesma que agora não havia mais nada a fazer, que tinha sido minha escolha e que a aceitasse com tranquilidade, no fundo começou a bater um desespero, pois com aquele fogo foi vindo a sensação de sufocamento da qual tenho pavor....e ainda como a voz tinha dito, junto com isso viria o segundo estágio de sono, aquele do qual não iria mais acordar e foi ai que me desesperei mesmo, pois só no segundo final percebi a merda que fizera e de como realmente NÃO queria morrer........E acordei suando e com dificuldade de respirar, ainda achando que estava caindo no sono da morte, ai! É a segunda noite em que acordo com uma sensação tão vivida vinda de um pesadelo. Acho que nunca pude me sentir tão perto desse 'limiar final' como nesse pesadelo macabro.....

Apocalipse


Foi um sonho que tive ontem (15/09) e que só está se desvanecendo agora de tão ruim. Foi uma coisa que, ao contar para uma amiga, foi chamado de 'criativo', mas eu digo que foi mesmo é aterrorizante, mesmo que muito pirado. Acho que ando impressionada com coisas que vejo na tv, isso é um perigo para minhas noites de sono........


"Haviam muitos cientistas de países ricos desenvolvendo um metodo para descobrir coisas que só acontecem fora da Terra (como essa maquina que pode recriar o Big Bang), mas algo deu errado e criou-se na verdade um tipo de força diferente de tudo o que já se imaginou dentro ou fora daqui. Ela se concentrou no oceano, inicialmente como um tipo de bola de energia que ficava sobre as aguas, mas depois ela foi atraida para fora da atmosfera da Terra. Eles chamavam essa bola de 'Super Nova' (um nome de um corpo celeste mesmo, mas não era o que realmente é, ou seja, um tipo de estagio entre a morte de uma estrela e o inicio de um buraco negro) era quase um buraco negro, mas ao inves de sugar, ele iria explodir e evaporar tudo ao redor. Eu era uma das unicas pessoas que sabia disso e ao mesmo tempo uma 'terceira pessoa' no sonho, eu podia ver muito além dentro dele, no caso, acompanhei o trajeto da Super Nova até fora da Terra e muito além, até nosso planeta parecer uma bolinha de futebol...era tão estranho, o sonho pode parecer a maior maluquice, mas a sensação foi tão esquisita, me senti verdadeiramente pequena ao ter aquela visão do nosso planeta, como se não fossemos (e digo não só cada pessoa habitando aqui, mas cidades, países inteiros, continentes, enfim, tudo o que conhecemos e achamos tão grande) nada , todas as disputas de poder e dinheiro perdiam a importancia, pois tudo aquilo poderia se acabar em questão de segundos, sem que o mais importante homem do planeta pudesse fazer nada a não ser mijar nas calças de medo...E eu também estava, apavorada...de repente eu me senti sem esperança nenhuma, insignificante, pensando nas pessoas que amo e nas que nem conheço, sumindo simplesmente....Ai recebemos a noticia de que aquela bola ia disperssar energia suficiente para destruir todo o Sistema Solar, poderem, como a Terra era um planeta 'diferente', ele poderia se salvar, mas não era certeza, então tinhamos que nos segurar, pois seria a qualquer momento, nós poderiamos sentir um grande impacto e talvez houvessem terriveis terremotos por todo o planeta, mas ainda assim ele poderia se salvar...

O finalzinho do sonho foi com essa terrivel expectativa de que 'a qualquer momento' aquela explosão poderia acontecer e não sabiamos o nosso destino, mas eu só queria ficar perto das pessoas de quem gostava para suportar isso......


E acordei sem folego, nauseada, com uma sensação tão, mais tão ruim, que até agora, mais de um dia depois, ainda sinto algum vestigio daquele terror que me acometeu, daquela imensa sensação de desesperança, de insignificancia diante de uma coisa tão devastadora e implacavel...Por alguns minutos quase chorei, achando que nada mais tinha importancia (mesmo que eu soubesse que tinha sido só um pesadelo muito ruim) e temi (ou melhor, morri de medo) de voltar a dormir e ter uma continuação nefasta daquilo (como normalmente acontece comigo), demorei muito para me acalmar e voltar a dormir (e sonhar com coisas não tão ruins ou arrebatadoras.......)

domingo, 14 de setembro de 2008

Um filme divertido!



Para os que curtem cine de horror dizer que um filme é divertido não quer dizer que ele seja engraçado e sim legal de assistir. Assim vi A Casa de Cera (House of Wax) de 2005. Produzido pela Dark Castle, criada na metade do anos 90 para ressucitar filmes de horror B de antigamente, sem muito sucesso, diga-se de passagem, e que fez algumas tentativas com A Casa da Colina (explendidamente arrepiante nos 30 primeiros minutos, bem clássico mesmo, achei que enfim estava assistindo a um remake fiel, mas que depois cai nas picaretagens do cinema moderno, com sustos banais e efeitos especiais pavorosoooooosss), Navio Fantasma (se pudessemos dizer que um filme é bom por partes, esse seria muito bom, mas no geral ele é mediano, mas não deixa de ter uma trama interessante) e 13 Fantasmas, entre outros...Nenhum desses atingiu o minimo de sucesso que a produtora esperava e quando eles acharam que estavam indo pro buraco....eis que refilmam um filme que iria pra frente



Foi um filme que superou minhas expectativas de ver só mais uma produção de adolescentes com um serial killer a reduzir o elenco aos mocinhos no final. De fato o elenco é constituído de adolescente e a história inicialmente é meio típica, os amigos se reúnem pra assistir a um jogo e resolvem acampar no caminho, então um carro estranho os aborda e da mesma maneira misteriosa com que chegou se vai (convenhamos que a garrafa atirada em um dos faróis pelo mau encarado Chad Michael Murray ajudou um pouquinho, rsrs). No dia seguinte um dos carros da turma amanhece quebrado e eles se dividem entre os que vão tentar ainda assistir o jogo e os que tentarão consertar o carro. Apesar dos clichês convencionais desse tipo de história, e de se utilizar uma idéia já antiga do famoso museu de cera numa cidade perdida e abandonada, o filme não deixa a desejar, e há vários aspectos que o tornam interessante (como a genuína animação, entrosamento ou desentendimentos dos personagens) e bizarro (quem não ficou aflito quando a mocinha caiu sem dó naquela vala de carcaças de animais? ugh! Ou apreensivo com a carona do tipinho repulsivo que ‘administrava’ a tal vala até a fatídica cidade da Casa de Cera). A inocencia com que o casal da trama explora a cidade atrás de ajuda é algo que nos faz lembrar de coisas boas (de verdade, como um passeio da infância ou lugares por onde você passou), é tão real e simples que você até chega a ficar triste em saber que dali pra frente a tendência é deles só se ferrarem (embora achem que conseguirão ajuda, na verdade a cidade esta vazia e os habitantes que aparentam morar nela são cadáveres transformados em bonecos de cera...é uma mistura muito boa do verídico com o teatral, como se estivéssemos dentro de uma enorme (bonitinha no começo, mas horrenda no final) casinha de bonecas). Numa cena flash-back no inicio do filme, somos apresentados aos futuros serial killers da história, dois irmãos que sofrem maus tratos na infância (o berço da maioria da psicose homicida). Um está mais perto da aparência ‘normal’ e engana o casal mostrando boa vontade em ajudar, o outro tem o rosto deformado e se esconde nas trevas, é ele quem confecciona os bonecos de cera (principalmente os feitos com pessoas vivas!) no subsolo da incrível House of Wax. Parece que aqui temos uma metáfora da criação de formas perfeitas pelas mãos de um ser que se sente imperfeito e tenta se completar de alguma forma. A partir daí começam a matança e o primeiro que morre é o simpático mocinho da trama! É angustiante quando, já transformado num boneco de cera (mas ainda vivo por baixo) vê-se a dor e as lágrimas nos seus olhos quando um de seus amigos arranca um pedaço de seu rosto na tentativa de ajudá-lo a se libertar da mortalha de cera. Outra morte em destaque é da personagem vivida por Paris Hilton, que deve ter agradado a todos que odeiam a patricinha.
O mais eletrizantes do filme é o seu final. Sobram apenas os dois irmãos dentro da Casa de Cera que derrete rapidamente pelo fogo que a consome, eles precisam escapar da casa, cujo chão virou um mar de fogo e cera liquida incandescente e do assassino. Será difícil ver um final tão bom e realista como esse, vejam, a casa era toda feita de cera e em tamanho real!
Apesar de sentir que minha opinião seja leiga perto dos veteranos do cine de horror que podem comparar com produções antigas abordando o tema bizarro do museu de cera, para mim é um dos melhores filme pipoca sobre adolescentes dos últimos tempos e sempre que quero me divertir um pouco dou uma repassada em House of Wax.
Ah, na última cena do filme, onde tudo acaba ‘bem’ (os dois sobrevivem no final e a policia e médicos aparecem para socorre-los, sem que ninguém saiba de onde eles surguiram, mas sempre acontece assim), os dois estão indo embora na ambulância e olham para a câmera que a turma inicial gravara seus momentos durante a viagem, a mocinha diz que ali teriam muitos momentos bons para relembrar, com uma nota de saudade dos amigos mortos. Porém, se ela preferia lembrar dos momentos bons seria melhor não ter pego aquela câmera, que foi usada pelo assassino para filmar todas as mortes, com requintes de uma crueldade fria e sarcástica. Rs.........

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma outra Face



Escrever sobre os meus sonhos (do inconsciente, aqueles que temos normalmente de noite) é uma das coisas que mais gosto, pois nossa consciencia adomercida é um terreno fértil para nos mostrar coisas que não vemos quando despertos, ou para acentuar o quanto estamos felizes ou apreencivos com algo. Ninguém sabe exatamente do que é feito o sonho, uma colcha de retalhos, um mosaico de momentos e sensações vividas na vida desperta, mas eles acabam falando muito do que deixamos recolhido dentro de nós.

O que vou contar agora é da sensação que tinha dentro de mim de como algumas pessoas podem ser se pudessemos vê-las por dentro...



29 de Setembro de 2002 - domingo (idade:16 anos)


"Voltava da aula à noite, vestida com uma roupa diferente e que me marcou muito no sonho, um tipo de camiseta da escola e uma outra por cima, preta, com as mangas e a gola cortadas ou rasgadas, era um tipo de roupa bem 'da hora', que fazia com que eu me sentisse diferente. Um pouco por causa disso (tipico dos sonhos materializar um sentimento ou sensação em alguma coisa) me senti mais confiante e descontraida.

Na frente de uma casa já na minha rua tinha uns caras sentados, bem bonitinhos, do tipo que eu faria um caminho diferente só para não cruzar com eles, de vergonha, pois são os tipos que mexem com meninas quietas como eu. Mas no sonho eles assoviaram querendo chamar minha atenção, fiquei corada, e mesmo me sentindo mais confiante, hesitei em olhar para eles, mesmo percebendo que não era de zuação, só dei um risinho sem jeito notando que um deles também sorria timidamente para mim. Fui para minha casa, entrei ainda distraida pela cena com os meninos e quando cheguei na sala...esbarrei com uma garota bem galinha da minha turma do 1° colegial (que infelizmente tinha o mesmo nome que eu), sentada folgadona no sofá da sala. Me espantei...ela ficou me olhando e com um sorrisinho cínico no canto dos lábios me cumprimentou com um "Oi". Não me dei ao trabalho de responder, só perguntei prontamente:

- O que você tá fazendo aqui?!

- Seu irmão me convidou pra vir aqui.

- Meu irmão... - murmurei pensativa. Ela fez sinal de que era aquilo mesmo, mas mesmo assim estranhei, fazendo uma cara de "meu irmão se envolvendo com esse tipinho de garota, fala sério..." e fui indo para o meu quarto, mas na entrada no corredor para os quartos ela entrou em minha frente, me perguntando:

- Você é irmã dele mesmo? Nem parece...

Olhei para ela e vendo aquela figurinha patética, simplesmente tirei-a do meu caminho, empurrando-a e falei no corredo sem olhar para trás

- Vai te catar!


Enquanto estava no meu quarto, esqueci aquela garota. Tirei a bolsa que usava transversalmente e fiquei me olhando no espelho, vendo a roupa que vestia, me sentindo muito bem mesmo de estar vestindo algo tão descolado...

Parecia que iria para São Paulo aquela noite e só tinha voltado para pegar minha mochila. Quando voltei à sala aquela 'coisa' ainda estava lá, porém a sala estava na maior escuridão. Vi que a mãe de uma amiga minha sentava-se em um dos sofás que fica ao lado do telefone, usando ele para ligar para a filha, avisando que já estava voltando (e não sei o que ela fazia em minha casa) e aquela putinha que também estava de saída disse dissimuladamente:

- Bom gente, deixa eu ir indo...

Como se nós estivessemos felizes por ela estar ali ou à vontade com sua presença. Ela foi em direção à mãe dessa minha amiga e lhe deu um beijo no rosto, deixando depois sua face para ser beijada também, esperando que a mulher retribuisse o gesto de despedida. A senhora ficou bem desconcertada com a atitude da menina (e sinceramente eu também) como se estivesse se perguntando "O que essa...menina quer de mim?" e a outra lá, esperando. Não vendo outra alternativa, a mãe da minha amiga acabou beijando essa galinha, só para que ela fosse embora logo e bem nessa hora um caminhão passou na rua, com os faróis altos, iluminando boa parta da sala e comm isto o rosto daquela nojenta e o que aconteceu em seguida foi esquisito e um pouco assustador...a luz que passou não iluminou seu rostinho 'bonitinho' e sim a face de uma velha horrível, de aspecto rabugento e mesquinho (deu pra ver tudo isso e muito mais, sua feiura interna era mesmo feia), na hora saquei que a luminosidade revelou o que ela relamente é por dentro, uma parte que infelizmente quase ninguém percebe ou quer ver (principalmente os idiotas dos garotos), quando a luz se foi o rosto dela voltou ao normal. Ela foi embora e também sai, para encontrar um carro a minha espera para que fossemos logo para SP..."

domingo, 7 de setembro de 2008

Mudando de Assunto...


Ontem terminei de assistir a segunda temporada de One Tree Hill (Lances da Vida), e que me deixou ansiosa pela terceira temporada (embora já esteja na quinta). Este é um dos poucos, ou talvez o único seriado atual que foca o universo adolescente a me atrair. As paixões, os conflitos, a relação entre jovens e adultos, suas indecisões e incertezas, suas burradas e vitórias, sempre abordando alguma citação literária ou pensamento que nos fará refletir um pouco, os próprios episódios são um pouco de parada para pensar.
Coisas que notei entre uma temporada é outra foi a mudança do que sustentava a série no começo: o basquete. O nome dado no Brasil, 'Lances da Vida', se refere ao que o basquete, tema central da primeira temporada, poderia mudar na vida de todos os personagens, fosse para confrontar seu passado, descobrir seu presente ou construir seu futuro. No início eu nem queria assistir esse seriado, pois achava que por se tratar de uma trama sobre americanos almoçando e jantando basquete seria a maior chatice. Leigo engano, só assistindo pra saber a profundidade de cada episódio, e no final, encerrando uma temporada, a impressão que ela deixa em você. É incrivel. O basquete na verdade é um tipo de imagem figurativa sobre lutar por alguma coisa, e os caminhos que essa luta pode te levar. Na segunda temporada vi o basquete ser substituido pela música, mas não foi uma mudança drástica, tanto que só ontem me caiu a ficha de que alguma coisa estava ligeraimente faltando no decorrer dos 22 episódios e outra sutilmente a substituiu. A música nesta segunda temporada é uma coisa que oscila entre ser bom ou ruim, como o basquete no começo, o universo musical leva Haley (Bethany Joy Lenz) para longe de seu recém-marido, Nathan (James Lafferty), que era o astro do basquete no início, causando surpresa, pois não é algo esperado da personagem, nem da série (mas muito bem bolado, pois se fica perguntando como é que essa situação vai se resolver no final), traz um pouco de esperança para a vida que vai se tornando cada vez mais vazia de Peyton (Hilarie Burton) que organiza shows na nova boate jovem da mãe do protagonista Lucas (Chad Michael Murray). As reviravoltas da segunda temporada ainda se baseiam nos inumeros personagens novos que povoaram Tree Hill e que deram novas perspectivas para corações partidos e solitários, embora no final a maioria acabe sozinha de novo, tentando encontrar seu caminho. Quero muito saber como se resolverão os fios soltos (e como essa série consegue terminar diferente das outras! Ao inves de um final que, embora você sabe que vai continuar, sinta que é um final, na verdade parece uma suspensão temporaria no ar, onde todos ficam a mercê do que acontecerá a seguir, mas esse a seguir fica para uma próxima vez), uma pena que no Brasil ainda não há o box da terceira temporada (por aquele precinho especial tipo Lojas Americanas) e a exibição em tv aberta (no SBT) já está na quarta ou quinta temporada. É esperar para ver como consigo essa terceira parte da série, ai eu falo mais um pouquinho!

“Há uma maré na história do homem. Deveríamos aceitar a enchente, ela leva à fortuna. Mas se omitida, a viagem das suas vidas percorrerá vales e misérias. Num mar tão cheio agora flutuamos. E devemos pegar a corrente quando ela nos servir. Ou perder as aventuras que estão por vir".

sábado, 6 de setembro de 2008

Caminhos



"Perder o caminho é desastroso. Mas perder o ânimo para a jornada é infinitamente pior".


Já sentiu ter perdido os dois? Eu sinto... e se um é infinitamente pior ao outro então estou mesmo ferrada. Me refiro a falta de perspectiva em relação a faculdade. Já estou no último ano e me sinto cada vez mais perdida e com medo do raio do futuro (essa incognita tão assustadora, sobre o qual está todo o peso das esperanças , das realizações das incertezas, que na cabeça de alguns, como os pais, já são certezas e que você tem que se virar pra transformar em realidade, com um medo danado de decepcioná-los no final das contas...), pra começar nem estou fazendo algo que gosto, na faculdade que gosto, na cidade que gosto, sei que as coisas não tem de ser do jeitinho que a gente gosta, mas as vezes dá um desanimo que o rumo que as coisas tomem seja tão contrário aquilo tudo que você queria. Já fiz informática, pra descobrir dois anos depois que se não saisse daquela canoa furada ia naufragrar rapidinho, fui para gestão empresarial achando que ali descobriria meu caminho dentro da faculdade, mas com o passar do tempo só tenho confirmado o primeiro desastre: a perca do caminho. Apesar de ser menos pior que o curso anterior que fazia, não tenho vocação para gerir o que quer que seja, e não me vejo fazendo isso profissionalmente, mesmo que seja 'um degrau para algo mais no...futuro'. Só que falar isso não é fácil e por isso que não falo, rsrs, mas resolvi pôr aqui porque acho que dificilmente algum colega de classe ou professor irá ler sabendo que fui eu, então posso tacar o pau. A faculdade (uma coisa de quinta do governo) não é nada do que eu esperava que fosse uma 'faculdade' (tá, só tem nome, um cursinho técnico supera em muito aquilo), isso já destruiu aqueeeeles sonhos, só tem os dois cursos pelos quais já migrei (informática e gestão empresarial) e nenhum dos dois faz meu tipo, mas como não tinha escolha mesmo (é de graça e não posso fazer nada pago, fica algo pra escolher?), fui para a gestão achando que não poderia ficar pior que o curso anterior....mas agora é que sinto uma sensação estranha de que piorou mesmo tendo melhorado. Quer dizer que eu entendo melhor as aulas e tudo o mais, é uma coisa mais 'humana', e achei que era essa parte humana que faltava no curso anterior e que me fazia sentir que estava escolhendo o caminho errado, mas o caminho errado mesmo começou quando pensei que esse 'futuro' estava longe de chegar e não o planejei direito, entrando no primeiro atalho fácil que me apareceu, e que me levou para caminhos muuuito diferentes do que eu imaginava. Gerir empresas não é meu forte, mas não digo simplesmente por ter dificuldade em uma ou outra coisa que me deixam meio insegura, o problema é que não tenho nem de longe o espirito daquelas pessoas capitalistas e empreendedoras que deveria ser o básico para se fazer um curso desses, acredito. Os professores podem até dizer para animar, que isso é normal, que os periodos de dúvida vão existir e blablabla, mas eles não entendem, ou entendem mas não querem adimitir (tipico!) que se você não tem aptidão pra fazer algo, mesmo que não tenha opção, não vai conseguir fazer, não vai dar tudo de si e conscequentemente vai ficar uma droga e a culpa não é que você não tem capacidade, mas simplesmente não consegue entregar seu coração praquilo, é pecado dizer que você não consegue diante de tantas pessoas que dizem ser fácil? Agora tenho me sentido cansada de tentar gostar de uma coisa com a qual não tenho mesmo afinidade e não conseguir forças suficiente para prosseguir o pouco que falta. Ás vezes tenho medo de alcançar o que está depois dessa porta chamada futuro e descobrir.......que infinitamente pior do que perder o ânimo é não ter o que esperar lá na frente.

Primeira noite do blog


Queria invocar algumas belas palavras pra começar este blog, mas não estou no espírito da coisa. Nessa primeira noite de blog efetivamente funcionando estou com umas das piores dores possíveis: a de ouvido, tentando não atirar meu pc pela janela, por sua falta gritante de sanidade e me sentindo desmotivada em relação a um montão de coisas. O que me salva as vezes de ir pelo mesmo caminho do meu pc é um menino-grande lindo que amo muito e que me atura até demais....rsrs.... e o fato de gostar tanto de escrever. Isso se tornou uma terapia, escrevo para me sentir aliviada das aflições do mundo ou simplesmente expressar coisas que normalmente não veria por ai, que está dentro de cada um de nós como um universo à parte....Acho que a idéia de fazer este blog vem de querer expor, comentar, ou só jogar conversa fora sobre um montão de coisa que simplesmente gostaria de dividir com os outros.

"
Ideologias nos separam, sonhos e angustias nos unem".
Eugene Lonesco, dramaturgo.