quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Crepúsculo




Terminei o livro “Crepúsculo” (Twilight, 2008) há pouco tempo e resolvi voltar a assistir o filme, que já tinha visto antes de ler o livro (não sabia que ganharia esse livro um tempo depois, senão teria esperado). A primeira vez que ouvi falar dessa obra foi quando vi o cartaz do filme como papel de parede em um computador da faculdade. Tentei me lembrar de onde já tinha visto a carinha branca de Kristen Stewart e do seu Romeu vampírico. Era de um outro filme bem menos popular da mocinha, mas cujo papel ela desempenhou de forma bastante parecida com a sua Bella, de Twilight. Produzido por um canal de televisão americano (Showtime), Kristen é Melinda Sordino em "O Silencio de Melinda" (Speak, 2004), uma adolescente que perde a amizade de seu grupo de amigas por um equivocado incidente e vive solitária e em silêncio desde então, sem conseguir expressar o trauma que sofreu, sendo culpada e isolada pelos outros. O interessante em ambas as personagens de Kristen é no modo como ela conseguiu dar alma aos papeis de garotas tão deslocadas. Acredito que a própria atriz tenha algo disso. Semelhante também são as suas narrações durante o filme. “Nunca pensei muito em como morreria...” quando Twilight começou com essa narração em primeira pessoa da protagonista me vi com um sorrisinho no rosto lembrando que já tinha visto ela fazer isso em Speak, “O primeiro dia no colégio: Sete cadernos novos, uma saia que odeio e dor de barriga.”
O Romeu vampirico da moça (Robert Pattinson como Edward) eu já tinha visto no Cálice de Fogo, 4º filme da franquia de Harry Potter, como Cedrico Diggory, o vencedor da taça Tribruxo que é morto por Voldermort. Achei boa a escolha, não só pela beleza e palidez do rapaz (seria essa palidez efeitos visuais ou de computação? As vezes não dá para acreditar em como esses atores hollywoodianos conseguem ser tão brancos, rs), mas porque ele tem um aspecto bastante austero e enigmático, que combinou com seu papel sobrenatural, mas não assustador.
Dizem que Kristen como Bella ficou sem graça, que a mocinha não parecia animada para desempenhar a personagem, de certa forma talvez tenha parecido um pouco, mas não acho que foi para tanto, penso que seja devido a essa aura meio deslocada que ela tenha e que faz suas personagens terem um ar meio melancólico. Mas é só uma suposição.
Já no livro, também houve criticas (e essas muito mais ferrenhas) à Bella. E concordo que ela tenha se tornado uma personagem chatinha do meio para o final do livro em que começa a perseguição dos ‘vampiros maus’ atrás dela. Cansativo também era a forma como ela vivia ressaltando o modo como Edward a deixava extasiada, tonta, sem palavras, como ele era lin
do, maravilhoso, perfeito, blábláblá. Parecia que ela estava o tempo todo se rebaixando ante a grandiosidade do vampiro perto dela, o que só serviu para fazê-la parecer uma personagem sem muita credibilidade, isso ficou meio evidente dessa parte ‘meio-fim’ do livro, e tirou um pouco o encanto da cena mais corajosa dela na obra — onde ela vai se encontrar com o bad vamp para o seu ‘sacrifício’ — pois ela mesma já tinha se ridicularizado tanto que não parecia que faria grandes coisas (eis uma cena que ficou melhor na versão cinematográfica, em que, como versão resumida do livro, não a víamos se inferiorizando dessa maneira).
Quando comecei a ler o livro ele era muito semelhante ao filme, até mesmo a narração inicial de Bella sobre sua morte e fiquei um pouco desanimada, achando que leria apenas uma versão estendida do que já tinha assistido. Mas me enganei. O filme é bem editado mesmo, com algumas cenas ‘fundidas’ para que desse para contar boa parte da história aproveitando os momentos marcantes. No livro temos uma série de cenas não aproveitadas, mas que são muito boas e que até mudam a direção em alguns momentos do que foi mostrado no filme. Essa parte inicial do livro me deixava lendo por horas de tão cativante, como o conhecimento de Bella por Forks a amizade incomum dela por Edward — que despertava ciúmes em uns, inveja em outras e espanto na maioria — que aos poucos foi evoluindo para algo mais forte e romântico e não tão rapidamente. O convívio dela com o pai, com os outros amigos. Essa parte simples e romântica da história foi o que mais gostei em “Crepúsculo”, mas acho que Stephanie Meyer não foi muito feliz quando tentou colocar muita ação na história e misturar isso com o romance de Bella e Edward. Só ressaltou o quanto ela se achava frágil e patética perto dele. Essa personagem tinha muito para ser bem mais o que Kristen deu à Bella na versão cinematográfica do que Stephanie deu a ela no livro.

Gostei da história, gosto desses romances que não são só romances, que tem algo mais antigo e sobrenatural por trás. Ambas são boas (livro e filme), cada um a seu modo, o filme com ótimos movimentos de câmeras e musica inspiradora (não parecia que o casal principal estava mesmo no alto daquele imenso pinheiro quando a câmera os filmou por cima?), e sem uma Bella depreciativa. O livro com uma história bem mais detalhada e profunda do inicio da mocinha nesse mundo sobrenatural e fascinante. A idéia de mostrar vampiros diferentes também foi boa, vegetarianos, que tentavam viver como pessoas normais, que podiam até sair de dia, mesmo que fossem em dias nublados, e que não derretem ao sol, mas sim brilham! Rs. Isso mostra que a imaginação tem asas para voar muito além do tradicional e corriqueiro. Mesmo que a autora não tenha acertado na dose da sua protagonista, ainda temos mais 3 livros pela frente para ela dar um jeito nisso.
E afinal, a quantidade de livros que já tem na sequencia de Twilight me parece aquelas franquias ‘lance um livro e fature um filme’ que é o que vai virar. Mas tudo bem, sorte a dela. Rs.
Mas agora que terminei o livro e revi o filme acho que vou ler o livro de novo. Ehehe...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sexo banal

Já reparou como é fácil fazer sexo na televisão? Quando vemos cenas mais ousadas ou eróticas numa novela, filme ou seriado, é tudo muito simples. Tá certo que é ficção e não tem que condizer muito bem com a verdade, é apenas uma maneira romanceada e mais 'fácil' de se fazer as coisas, mas...Nas últimas vezes em que vi cenas desse tipo na telinha me peguei a pensar com meus botões: e pra quem vê? Eu tenho que adimitir: quando eu era mais nova (aiai, e isso esta ficando cada vez mais distante no tempo, rsrs) e via - inevitavelmente - cenas como essa em uma novela ou filme achava que era provavelmente daquele jeito mesmo: no calor da situação, no 'agora é a hora'. Mas ninguém vê ninguém se prevenindo ou achando isso importante. Mas como eu disse, a ficção é só uma visão romanceada da realidade, hmmmm......... O que eu pensei mesmo, e escrevi esse post só para expressar esse meu pensamento que me deixou meio preocupada foi: Adolescentes principalmente quando vêem esse tipo de cenas eróticas podem ser induzidos a pensar que as coisas são tão fáceis como na ficção? Que na verdade na hora do 'vamô ver' é só fazer como os atores fazem nos filmes que é a mesma coisa, não enxergando que é um fingimento o 'sexo fácil' da ficção, que omite os detalhes práticos da realidade como se prevenir com uma camisinha ou pirulas, pois caso contrário a merda tá feita? (e a AIDS ta ai pra mostrar que o problema não ta só numa gravidez indesejada). Quando via essas cenas ficava pensando como seria possível uma coisa daquelas, como essas personagens não ficavam grávidas as pencas com essas relações aparentemente 'livres' (e não estou falando dos 'casais casados', e mesmo esses correm perigo), claro que é ficção, então é claro, não iria acontecer nada, mas e na realidade? Na mesma época em que vi essas cenas de transas 'em qualquer lugar a qualquer hora, sem compromisso porque não acontece nada' em seriados e filmes ouvi uma adolescente que embora se sentisse 'adulta' com seu namorado e suas experiências, não deixava de ser uma adolescente e no fundo bastante imatura ainda e o modo como achava normal reproduzir certas coisas da ficção, como se, assim como na ficção, não fosse lhe acontecer nada, me deixou um pouco espantada. Então afinal, a naturalidade com que o sexo se desenrola na telinha pode induzir um jovem a pensar que é igualmente fácil na vida real, desse modo fazendo com que ele não se preocupe tanto em se prevenir ou não ache importante fazer isso sempre? Hmm...comecei a perceber como alguns tipos de cenas que me passavam desapercebidas - talvez nem tanto, rs - podem ser perigosas.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

love


love, upload feito originalmente por recompose.
"O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá."
[Madre Teresa de Calcutá]