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sábado, 19 de janeiro de 2013

Hoje



É meio engraçado como algumas coisas acontecem. Às vezes algumas pessoas veem até você com o intuito de te derrubar, te rebaixar, te humilhar. Usa de uma saraivada de palavras hediondas esperando te reduzir a nada. O suficiente para realmente estragar o dia de qualquer um, para tirar do sério, para acabar com o humor, a paciência, a inspiração. Mas...dependendo de como você já está, do modo como de certa forma você ja esperava por algo, mesmo que não houvesse definição para este algo...não é bem este o resultado da escrota façanha. Na verdade o efeito é meio reverso, e é possível sentir quase uma satisfação com isso. Não uma satisfação boa, mas um alivio...porque acabou. Enfim acabou. É possível agora estabelecer uma opinião e finalizar dúvidas. É possível, de uma vez por todas se sentir livre para seguir em frente. Dor? Não, sem permissão para sentir isso por alguém que mereceu perder minha admiração e respeito. Dor talvez por mim, por, às vezes, ser tão empática que me deixo levar pela falsa bondade dos outros.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Um dia a gente se vê

Se tem uma musica da Legião que amo é Ainda é Cedo, letra, composição, melodias perfeitas. Linda e ácida.
Que pareça clichê, mas sinto ser a música da minha vida. 

Neste show Renato faz uma introdução com musica de Madona "Like a prayer":


"A vida é um mistério

Todos devem permanecer sozinhos
Ouço você chamar meu nome
E me sinto em casa".


E finalização com "Stairway to Heaven" do Led Zeppelin:

"Há uma moça certa de que tudo que brilha é ouro
E ela está comprando a escadaria para o paraíso
Ao chegar lá ela sabe, que se as lojas estiverem fechadas,
Com uma palavra e ela consegue o que veio buscar

Oh, isso me faz pensar, oh, isso me faz pensar...."


"Era essas as músicas que a gente ouvia, e toda vez que ouço essas musicas eu me lembro daquela menina, sabia? E teve uma época que não podia ouvir Janes Joplin que fazia mal." - RR



_ _ _


Ainda é cedo


Uma menina me ensinou
Quase tudo que eu sei
Era quase escravidão
Mas ela me tratava como um rei


Ela fazia muitos planos

Eu só queria estar ali
Sempre ao lado dela
Eu não tinha aonde ir

Mas, egoísta que eu sou,
Me esqueci de ajudar
A ela como ela me ajudou
E não quis me separar

Ela também estava perdida
E por isso se agarrava a mim também
E eu me agarrava a ela
Porque eu não tinha mais ninguém

E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo 
E eu dizia ainda é cedo..

Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei

Ela falou: - Você tem medo
Aí eu disse: - Quem tem medo é você
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém

Ela me disse:
- Eu não sei mais o que eu
sinto por você. Vamos dar
um tempo, um dia a gente se vê

E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo 
E eu dizia ainda é cedo..

_ _ _

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

domingo, 6 de maio de 2012

Pensamento da semana


Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!

(Clarice Lispector)

(Eu adoro essa mulher...) 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Frase reflexiva

"Estou um tanto quanto down...
O fato de existir muita gente na rua não muda nada na minha concepção de achar que vivo num mundo fantasma."

(Charles Canela)

 


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

MAKING OF dos meus contos - VII Demônios (LUXURIA)

It's strange what desire will make foolish people do...
Wicked Games - cover HIM



Em prosseguimento ao Making of dos meus contos na Editora Estronho, faço um parenteses para dizer que muito feliz participo de mais duas antologias da mesma, uma que queria muito (muito) participar e outra que nem esperava (e peguei o bonde andando de ultima hora) fazer parte, mas me deixou igualmente feliz. São a Ira de VII Demônios, ultimo livro da série dos 7 pecados e Quando o Saci encontro os mestres do terror, sobre folclore brasileiro.

Mas hoje falarei do segundo livro que participei da série dos 7 pecados da Estronho, o VII Demônios.


LUXURIA (ASMODEUS)


Pois é, eis outro conto bem inesperado. Eu tinha uma idéia inicial, mas no final o conto foi sobre outra coisa. Eu ia escrever sobre um jovem padre que é tentado por uma criatura sobrenatural (que acabei usando em outro conto que posteriormente submeti a outra seleção, mas não foi escolhido). Estava esperando chegar perto do mês para envio do conto, quando a coisas ficam mais ‘quentes’ (entenda-se: quando o prazo começa a acabar, a inspiração vai ficando mais ativa, mais urgente, eheh), mas ai li uma coisa no chat sobre a antologia, o pessoal falando desse tema e que ele podia ser escrito em duplas pelo teor dele. Eu já sabia disso, mas algo no meio da conversa me fez lembrar de uma coisa interessante que tinha acontecido dias antes. E o start veio.

Eu não tinha um ‘parceiro’, mas tinha tido um sonho e isso era quase como ter uma co-autoria. Onirica, eu sei, estronho mesmo, ehehe!

Como explicar isso: não dá pra explicar, é abstrata demais a idéia, mas foi isso mesmo! Eu resolvi usar um sonho que tivera poucos dias antes e que, no momento, soou-me apenas curioso, irônico. Mas ele tinha as nuances que eu precisava para um conto de luxuria, se eu o moldasse a rigor. E foi o que fiz. A idéia foi instantânea e resolvi mudar meu conto de ultima hora.

E deu certo. Talvez se eu escrevesse sobre a ideia original, para este tema, a coisa não ficasse do jeito que ficou, com a intensidade que ficou.

Foi um conto que vibrei ao saber que fora escolhido para participar da antologia, fora escrito com a intensidade que o tema pedia e a espectativa possuia a mesma ansiedade e desejo. Ele também refletia um certo amadurecimento meu nessa coisa de escrever contos, pois nao era meu forte (não sei se já é, porém, antigamente eu nem passava perto) e foi uma história bem mais dilapidada, que tem a nata da idéia, com cenas que foram cortadas, porém, não exatamente. Digamos que expressar essas cenas que não apareceram na história oficial em algum momento no papel me deu mais seiva para injetar no que ficou na versão final, enquadrada no limite estabelecido pela editora.

Essa história também possui uma série de simbolismos, seja com minha história de vida, seja com imagens do pecado em si e de seu demônio. O cenário é uma escola, ambiente que há muito queria por num conto de terror. O início se passa no final da tarde, periodo que certo ano na adolescencia estudei e que fora o mais privilegiado em se tratando de clima e historias de terror. No final da tarde, os corredores eram banhados com aquela luz alaranjada do crepusculo, num breve intervalo em que as luzes ainda não estavam acessas e o silêncio era profundo. Ninguém tinha coragem de ir até o banheiro nesse horário, pois dizia-se que as luzes se acendiam sozinhas e a loira do banheiro poderia atacar. O cenário do sonho foi esse ambiente escolar hostilizado e não podia ter sido mais apropriado. O conteudo dele pendeu de flertes a situações incestuosas, que me ajudaram a construir uma narrativa que foi inusitada até para mim. A escola se chama Clemente Azevedo, Clemente pelo autor  Clemente Pozzenato de "O Quatrilho", livro que li na mesma biblioteca em que se passa a ação inicial do conto (claro que ela descrita de forma bem maior que a original) e que se constitui de uma história igualmente inusitada, esta de adultério, um dos meus livros favoritos. E Azevedo pelo sobrenome de um grande amigo meu. A tatuagem do galã cafageste da trama foi um dos pontos chaves para que eu ligasse o sonho a idéia do conto. O Ás de Espadas representa, no baralho do tarô cigano, o naipe das paixões violentas e viscerais, os confrontos e tragédias causadas por desejos carnais. Além, claro, de ter em sua figura espetada para cima a ideia clara de um falo, rs.

Minhas inspirações musicais, além das classicas trilhas de Silent Hill, estavam em composições que tinham um quê apimentado, insinuantes. A voz do Lenny Kravitz sempre me lembrou esse tipo de ritmo, de modo que ouvia muito "Fly Away", além da soturna "Glory Box" do Portishead e da versão hard de "Wicked Games" do HIM, que adoro!


"O amor floresce à luz de velas e de conversas. A luxuria é igualmente feliz em vãos escuros e em taxis e sua conversa é feita de grunidos e gritos animais." (p.16)
O trecho é de um livrinho que li da Coleção Sete Pecados Capitais (2004), da Arx, cujo tema da edição Luxuria é esplanada pelo filosofo britânico Simon Blackburn de forma histórica e investigativa. Fora uma leitura bastante interessante para que o tema luxuria ficasse mais, digamos, 'limpo' da simples ideia de sexo que inicialmente tinha. Vemos a concepção de sexo desde os tempos remotos, entranhado em tabus, mitos, religião e arte, até visões atuais, onde a liberdade e a censura ainda encontram terreno fertil para se confrontarem, se envergonharem ou serem elevados a uma lei natural da humanidade.

Eis um trechinho de degustação do meu conto (que, devido a escrita de quase última hora, não teve um titulo tão criativo assim, colocando apenas o cerne da questão): Senhora da Luxuria.

"Foi buscar suas coisas no armário dos professores, bufando, bloqueando a mente para a vozinha impertinente, a lhe lembrar o quão puta estaria sendo se cedesse aos seus desejos. Queria encontrar alguém, e ter uma desculpa para abdicar ao convite, mas não surpreendeu-se ao ver tudo quieto, vazio. Era a única que ficava durante o crepúsculo. Enquanto revirava seus pertences na bolsa, ouviu um gemido. Achou ser sua imaginação perturbada com a quantidade que já ouvira só naquela semana, mas ele se repetiu, mais intenso. Arrepiou-se, olhando ao redor, tentando localizar a fonte. Não vinha de fora.
Andou silenciosamente, ouvindo-o brotar de algum lugar da sala de professores. Viu a porta de mogno fechada e foi o último lugar que imaginou ser a fonte. A porta da sala da diretora."

 (...)




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Os autores selecionados, com os quais compartilho esse volume:
 
Autora Convidada: Ana Cristina Rodrigues (De Pequenas Apostas e Grandes Tentações)
Selecionados: Adrianna Alberti (Nos braços da Tentação), Agostinho Rodrigues Torres (Nunca Suspire ao Lado de Demônios), Alliah (Morgana Memphis Depois das Gungirls), Ana Carolina Silveira (O Último Dia de Sodoma), Carlos Genauch/Simone Procheira (Persuasão), Gabriel M. Hamdan (As Crianças de Bristol), Ghad Arddhu (Cutelo de Prata e a Questão de Dandara), Gisele G. Garcia (Inocente Devassidão), Lemos Milani (H. Willians Hill), Ramon Bacelar (Síndrome de Fuseli), Raphael Montes (A Doce Jekaterina), Raphael O. Lord (Volúpia), Verônica Freitas (Senhora da Luxúria), Victor Meloni (Ressurreição)




domingo, 31 de julho de 2011

"Making of" dos meus contos - VII Demônios (GULA)

Continuando os meus Making of, ou por onde tudo começou...(sim, eu sou viciada nessa coisinha de bastidores, ehehe), o tema dessa vez dos 5 livros dos quais participo da Editora Estronho é a série VII Demônios.

Peculiar essa série da Estronho. Quando eu comecei a reparar nela, já tinha se passado o primeiro tema (Inveja) do qual seria um dos que eu gostaria de escrever. Mas tem coisas que demoram a serem ‘vistas’ e o potencial da série dos demônios só me chegou aos olhos de forma interessante quando eu passei a entender a proposta: pecado + demônios. A idéia girava em torno dos 7 pecados capitais, associados aos seus 7 demônios. Os pecados deveriam ser retratados, tentando isola-los dos outros (um desafio!), utilizando-se dos demônios respectivos, mas não era necessariamente uma obrigatoriedade. 


Mas eu, tendo meu gosto pelo terror amadurecido por criaturas bestiais do universo de Spawn, não podia ignorar uma chamada dessas, nem a oportunidade de me utilizar (não, me esbanjar) das crias do inferno, de modo que usei cada respectivo demônio nos meus contos.

E lá se vai mais uma vez o ponto mais importante: pesquisa. A Estronho dava um parecer breve sobre os demônios que estava por trás de cada pecado, segundo o demonologista e teólogo Peter Binsfeld. Fui atrás de historias sobre os bestiais, suas características, tirando pontos chave para permear a historia, que não devia ser muito longa, de seus detalhes cruciais. Assim como também me embreei pelo universo de cada pecado do qual trabalhei e descobri muita coisa subjetiva neles, que eu nem imaginava que poderia representa-los da forma que fazia. Era um jogo de interpretação, remetido desde os tempos mais remotos, até nossa infausta era atual. Mesmo que eu não escrevesse sobre o tema, me foi muito interessante saber tanto sobre eles e enxergar seu potencial.


Bem, no inicio, eu criei alguns “pré” conceitos dos 7 temas, dizendo quais eu me interessava e quais eu não conseguiria tirar nada de bom para escrever. Leigo engano. Mais uma vez o desafio de contos me ajudou nessa parte, mas dessa vez não foi por ser um tema incomum. Esse, de longe, é o tema que mais perto esta dos meus gostos. Mas pelas particularidades deles poderem me atrair ou não num primeiro momento.

Eu disse assim: “Os pecados que eu não acho que conseguiria escrever muita coisa: Gula, Preguiça, Luxuria”, era como se estivesse prevendo algo, minha própria sina em me contradizer. Rs.


Pois, foram os 3 temas no qual resolvi escrever e fui selecionada. Ah-ah.


O primeiro livro: GULA

  GULA (BELZEBU)


Um conto inusitado. O prazo dele estava junto com o da Inveja, mas eu perdi o fio da meada para fazer o primeiro conto e comecei a olhar a Gula do mesmo modo que se olha um doce curioso na vitrine que num primeiro momento você repudiou por uma cor berrante ou por parecer excessivamente melado, mas, depois, voltando a ele, você começa a perceber que ele tem detalhes que podem ser melhores do que a sua primeira opção e talvez até um gosto mais original. 

De inicio eu só cogitei a idéia. Tentando varrer minha mente em busca de algo que se encaixasse com o tema, me lembrei de uma historia antiga que tinha escrito, na verdade, de um acontecimento numa historia escrita há muitos, muitos anos. Me deu um lampejo. Era um tempo em que escrevi muitas coisas baseadas em contos de fadas e fábulas, pois, nas manhãs de domingo, meu pai insistia que eu assistisse um programa que passava na TV Cultura chamado “O teatro dos contos de fada”. No inicio fiz isso relutante, mas depois comecei a gostar, principalmente por ele desmitificar aquelas historinhas amaciadas que os estúdios da Disney nos enfiam na cabeça quando somos pequenos, e conhecemos contos de fadas somente através de historias cheias de açúcar. Esse não, as encenações eram como um teatro mesmo, pessoas reais, um cenário, e uma historia verdadeira. Nele, a Ariel da Pequena Sereia morria no final e nem era tão boazinha assim, e a Bela da Fera na verdade foi refém do monstrengo por um bom tempo, após ele ameaçar de morte seu pai; o Flautista mágico levou as crianças, como atraia os ratos, para outra dimensão, sem que sem pais nunca mais voltassem a vê-los. Era a real das historias, que na época, eu ainda desconhecia, e gostei muito de ser apresentada a essas versões originais.

Uma das historias que escrevi na época baseada em tais fabulas, foi um acontecimento envolvendo o mito de João e Maria. Os irmãos que para não se perderem na floresta, deixam migalhas de pão pelo caminho, e acabam na casa da bruxa má, que tem uma choupana feita de doces e que aprisiona João, para engordá-lo e depois comê-lo.

Casa de doces...comer Joãozinho...gula...era isso!


Só que coloquei tudo elevado ao extremo. Os sentimentos humanos deformados, os desejos, as vontades irracionais. Pois a Gula não tem a ver apenas com comida, ela é um estado de insatisfação desmedido, que se reflete em vários atos, além da refeição convencional. Pode-se querer se alimentar de conhecimento, assim como também do desespero, ou de almas.
Não foi proposital, mas as primeiras palavras que escrevi dele foi durante meu intervalo de almoço, na cozinha do meu serviço. Rs. Ao terminar a primeira pagina, olhei ao redor e pensei “Que lugar inspirador, rs”.

Eu não esperava que ele fosse ser aceito, por alguma razão, o achei pesado. Também não foi de propósito, para ter nuances tépidas suficientes para agradar, mas acho que fui envolvida em seu clima mórbido por conta própria e a escrita se tornou tão densa quanto o tema. No final, era como acordar de um baquete do diabo e me surpreender com o modo como me fartei, e de como a cozinha estava toda suja de sangue. Uau...sai meio tonta de lá, mas não sem antes deixar o feito nas mãos interessadas. O que iam fazer depois, eu já não sabia.

Gostei muito de participar deste volume com A Filha do Mal e desentranhar algumas facetas de Baal-zebu.

Inspirações musicais para o tema dos VII Demônios é sempre muito parecida: tirando algumas composições especificas, eu uso quase todas as musicas da trilha sonora do Silent Hill, desde o primeiro jogo (1 ao 4 "The Room") até os mais recentes (Origins, Homecoming, Shattered Memories). Elas são simplesmente soberbas para quem gosta de escrever terror. Akira Yamaoka é meu guia musical nos escritos do gênero.

Um trechinho de degustação de A filha do mal:

"Ele jogou-a sobre uma mesa e pelo cheiro pérfido, aquele era um verdadeiro matadouro. Sentia o sangue fresco no qual deitara encharcando suas roupas, fez uma careta de asco, mas nada comparado ao terror que sentiu em ver a criatura com braços humanos, mas um corpo semelhante a uma mosca gigante. Tentou gemer, debater-se, mas todas suas ações tornaram-se inúteis diante da gelatinosa sensação em que estava imersa."
(...)


Algumas inspirações musicais mais fortes:
A Stray Child - (Akira Yamaoka in Silent Hill 3) 
Searching the Past (Akira Yamaoka in Silent Hill Shattered Memories)
Max Payne OST (Marlyn Manson) 

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Os autores selecionados, com os quais compartilho este volume:
Amanda Reznor (Tributo a "El-Rei"), Claudia Zippin Ferri (A ficha criminal da juíza), Fabiane Guimarães (O devorador de almas), Ghad Arddhu (Banquete de Maná e oração à unificação), Lemos Milani (Bon Gourmet), Lino França Jr. (O voo da mosca), Marcelo Augusto Claro (Abismo visceral), Marius Arthorius (Beelzebub carne vorare), Raphael Montes (Banquete), Valentina Silva Ferreira (Condenado), Verônica Freitas (A filha do mal) e William Nascimento (Um pequeno pedaço do paraíso).






segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Making of" dos meus contos - Cursed City

Irei começar pelos contos selecionados pela Editora Estronho este ano.
Já são 5 livros nos quais tive a oportunidade de participar. Mais do que imaginei possível a algum tempo. Nossa! Mas esta editora, que tem um leque bem variado de antologias, para mim é como uma casinha de doces, na qual posso me fartar com os temas que, outrora, eu não encontraria com tanta facilidade para escrever e ainda ter a oportunidades de ser publicado.

Bem, pensei em escrever um pouco sobre o processo de criação de cada um deles e das coisas que me inspiraram a escrevê-los, além do meu próprio gosto natural pelo terror. É, é, eu sou daquela que gosta de umas notas no final do livro, de um “making of” estilo “veja de onde saiu essa ideia louca”, rs.


O primeiro (e mais aguardado) livro foi:

Cursed City – Onde as almas não tem valor

A primeira vez que vi a chamada dessa antologia, foi através de uma amiga, que me mostrava a nova seleção da Estronho. Eu vi e pensei “Legal, bem original essa”, mas não tinha a intenção de escrever num primeiro momento. Pensei que velho-oeste não tinha nada a ver comigo, e dessa forma, me passou batido o tema.
Porém, com o tempo, eu fui gostando da ideia de escrever sobre coisas que nada tinham a ver comigo, principalmente por causa do desafio de contos que passei a fazer parte com duas amigas blogueiras (Celly e sua irmã, Yane), instigando a escrita de temas incomuns aos nossos gostos. Então comecei a olhar Cursed com outros olhos e me perguntar: Porque não? Foi então que a primeira centelha desta história se acendeu e o resto, um caderninho rosa que eu carregava comigo terminou de contar, rs.

Eu queria inspiração, mas não apenas isso. Estava inspirada com a possibilidade de me embrenhar por um tema diferente, porém, assim como nos contos do desafio, o primordial nesta etapa não é apenas querer escrever a historia, mas saber sobre o que se irá escrever, e ai começa o trabalho de pesquisa.
Eu sabia que tinha alguma coisa entre os quadrinhos aqui de casa, era só fusar e fusar, que sairia alguma coisa, e achei aquelas velhas edições em preto e branco e de capa rosa das Historias do Oeste. Havia apenas uma edição aqui chamada Sand Creek. Foi o suficiente para começar. Sua primeira página foi o estopim, alias. Mostrava a perspectiva de um abutre rondando algo que lhe atrai o olfato. A cena começava bem do alto, dos cânions:

“O abutre, junto com o coiote, é o varredor das zonas desérticas. Como todos os animais de rapina diurnos, é dotado de visão aguçada...”.

Depois a cena acompanha a descida da ave carniceira, mostrando o que ela rondava, até a perspectiva cair na cena do homem no chão, ainda vivo. Esta cena não só me deu uma ideia de como começar meu conto, como a estrutura dele: Começo descrevendo o ambiente de forma ampla, e depois vou afunilando os acontecimentos, até me deter em algo bem especifico, que irá conduzir o resto da trama, da mesma forma que os quadros da revista.

O conto em si começou a ser escrito na cidade de Ouro Branco, em MG, nas minhas férias de dezembro, quando para este estado fui, visitar amigos. Esta cidade tem uma grande serra e as ruas uma peculiar poeira vermelha proveniente do minério extraído, e um jeito de lugar bem pacato.  A poeira me lembrou o deserto, os cânions, o Golden Valley, então...peguei o caderninho que havia trazido na mala e comecei...quando terminei a viagem, em Belo Horizonte, fui à sebos atrás de revistas de Western e voltei com algumas boas inspirações e indicações (salve o Edificio Maleta e o Anderson da revistaria na Rua da Bahia!).
Também não consigo escrever sem música, sem ter algo inspirador ao fundo me impulsionando. Não foi de todo fácil achar musicas de velho-oeste que se encaixassem com o tema sobrenatural, mas descobri boas canções que tinham nuances soturnas e se encaixaram perfeitamente em Cursed City. Ennio Morricone foi o principal, com “Esctasy of Gold” (Metallica que me perdoe, mas essa ficou bem mais no tom do oeste que eu precisava), “Come Una Sentenza” e “Armonica” (ou “Era uma vez no oeste”), essa última com um som lembrando gaita que arrepia até a alma. Também usei muito o oboé de Grieg em “Entardecer nas Montanhas” nas cenas em que Anabelle agoniza, bem sombria essa musica também. 

Como tema, eu não conseguia imaginar outro: vingança. E imaginava isso sendo feito de um modo incomum, algo que pudesse aliar um sofrimento humano e um revide sobrenatural, na mesma pessoa. Uma vez que, quem entrasse em Cursed City, provavelmente não conseguiria sair, que essa pessoa, pelo menos conseguisse seu ‘troco’, mesmo que precisasse deixar sua alma a mercê das sombras.

No final, eu estava, diferente do começo, com muita vontade de participar. Tinha gostado muito de escrever essa historia, e quase estourei o prazo, porque não conseguia me decidir pelo nome do conto! Rsrs, de inicio, pensei em “A vingança dupla” ou “A vingança de Maniah”, mas um nome súbito me acometeu, e pensei na ideia que queria passar...então o intitulei como “Deixe-me Entrar”, que, segundo algumas pessoas, ficou legal. Ainda bem! E depois foi roer as unhas esperando o resultado, que recebi com muito contentamento e alivio. Rs.

Aqui vai um trechinho de degustação.

“(...) Anabelle sobressaltou-se, embora não pudesse mover o corpo. Sentia como se todos seus ossos tivessem sido esmigalhados e seu rosto colado ao chão. Gotas de sangue escorriam por dentro de seu olho, mas ainda conseguia move-lo lentamente. Mas nada viu. Só sentia a presença e o medo.(...)”


Tem uma frase do Stephen King no final do livro Tripulação de Esqueletos (1985) que gosto muito:
“Obrigado por acompanhar-me – eu gostei. Eu sempre gosto. Espero que tenha chegado são e salvo e que voltará – porque, como diz aquele curioso mordomo, naquele singular clube de Nova York, há sempre mais histórias”.

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Os comparsas com os quais tive o prazer de dividir os alicerces desta cidade amaldiçoada:

Xerife prefaciador: Adriano Siqueira

Bandido Convidado: André Bozzetto Jr. (A balada do coyote)

Os Procurados: Alfer Medeiros (O gigante, a curandeira e a lutadora de kung-fu), Alliah (Just like Jesse James), Ana Cristina Rodrigues (Aquele que vendia vidas), Carolina Mancini (Número 37), Chico Pascoal (Duas lendas), Cirilo S. Lemos (Por um punhado de almas), Davi M. Gonzales (Ainda dói?), Ghad Arddhu (Oricvolver), Georgette Silen (A mão esquerda da morte), Jota Marques (As desventuras do pequeno Roy), Lucas Rocha (O fantasma de Franklin Stuart), M. D. Amado (Nem sempre a fé te salvará), Marcel Breton (Sombras), Romeu Martins (Domingo, sangrento domingo), Tânia Souza (Demônios da escuridão),  Valentina Silva Ferreira (Sally), Verônica Freitas (Deixe-me entrar), Yvis Tomazini (Só o dinheiro dos mortos) e Zenon (Descanse em paz).

Continuo em breve com os outros livros.

***

segunda-feira, 28 de março de 2011

Selo: Desafio Leitura Nacional

Mais um adorável selo no blog, dessa vez presenteado pela querida This Gomez, do blog Canto e Conto, autora da série de contos Ar de Evasão (o primeiro deles na antologia da qual participamos, Beijos e Sangue, organizada pela Jossi Borges) e outros escritos com escrita leve, envolvente e dinâmica! Muito obrigada This!

Esse selo vem com um Meme. Ta lembrado daquele caderno de perguntas da época da escola? Se ja respondeu um desses, vc sabe o que é um 'meme', é como uma versão atual e bem mais elaborada e madura dele, um post que traz uma ideia, disseminado de modo que outras pessoas possam responder sobre o mesmo assunto, dando seu ponto de vista. Pronto, pra quem não sabia o que era um Meme, agora da pra dar um tapa, rsrs. Esse é especial e bem interessante: é sobre questões de literatura brasileira. Então vamos a ele:

1 - Quanto livros nacionais há na sua estantes?
Eita nóis sô! Vamô lá que essa é meio difícil viu, minha bibliotequinha ta aumentando, mas, infelizmente, ainda não tem o tanto de autores nacionais que queria (mas isso tem mudado nos ultimos tempo), já num sei quantos livros tenho (acho que da ultima vez que contei tinha uns 70), mas de nacionais em localizei 31:

1 - Sete Ossos e uma maldição (Rosa Amanda Strausz)
2 - O Vampiro de Cada um (Martha Argel)
3 - Beijo Descalço (Leonardo Leon - comprado num sebo de BH)
4 - Contos (Machado de Assis)
5 - Dom Casmurrro ( " " )
6 - Memórias Postumas de Brás Cubas (" ")
7 - Quincas Borba (" ")
8 - Memorial de Aires (" ")
9 - Helena (" ")
10 - O Quinze (Raquel de Queiroz)
11 - Irmão mais velho, Irmão mais novo (Vários - coleção Vinculos)
12 - Clarissa (Érico Verissímo)
13 - A volta do Gato preto (" ")
14 - O Tempo e o Vento ("  " - coleção completa)
15 - Capitães da Areia (Jorge Amado)
16 - Espumas Flutuantes (Castro Alves)
17 - Inocencia ( Visconde de Taunay)
18 - Memórias de um sargento de milicias (Manoel Antonio de Almeida)
19 - O triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto)
20 - O Ateneu (Raul Pompeia)
21 - Os Sertões (Euclides da Cunha)
22 - Índia - da Miséria a Potência (Patricia Campos Mello - usei no meu TCC)
23 - Veronika Decide Morrer (Paulo Coelho)
24- A Marca de uma lágrima (Pedro Bandeira)
25 - A Droga da Obediencia (" ")
26 - O Mistério dos MMM (romance policial escrito por vários, entre eles Jorge Amado, Raquel de Queiróz, Guimarães Rosa....)
27 - Verão no Aquário (Lygia Fagundes Telles)
28 - Coleção para Gostar de Ler - Vol 4 Crônicas (Rubem Braga/Drummond/ Sabino/ Paulo Mendes Campos)
29 - Um Certo dia de Março (Lucília Junqueira de A. Prado)
30 - O Noviço (Martins Pena)
31 - O Vendedor de Sonhos (Augusto Cury)

2 - Quando e qual foi o ultimo livro nacional que você comprou?
Olha, eu fui numa feirinha de sábado, dessas bem populares, que as pessoas colocam uma manta no chão e expoem o que querem vender, vulgarmente chamada de 'feira da barganha'. Eu fui em janeiro e tava atrás de livros mesmo, e achei um senhorzinho vendendo qualquer um por 1 real! Fiz a festaaaa, ahaha! Mas da compra, o que mais gostei de achar foi Verão no Aquario, da Lygia Fagundes Telles.

3 - O que achou dele?
To adorando. Ela tem um jeito todo especial de escrever, descrevendo cenas através de pensamentos e lembranças, muito bom! Uma curiosidade é que quando abri o livro, vi que a antiga dona tinha escrito seu nome e data (1974), e que ela era mãe (ja falecida) do meu antigo chefe, num estágio que fiz (que sempre fora muuuito nostalgico com ela no tempo em que trabalhei com ele, tanto que dava até vontade de tê-la conhecido). Uma senhora duma coincidencia (mas não vou devolver o livro não, ahaha). O livro tem ainda algumas anotações dela (parece que ele fora usado durante um curso, pois o nome da turma ainda está no livro), e me sinto meio como o Harry Potter com o livro  de poções do "Principe Mestiço"  no Enigma do Principe, rsrsrs. Isso só o torna ainda mais especial!

4 - Entre os nacionais que ja leu, de qual menos gostou e qual mais te surpreendeu?
Hummm, nesse ponto eu concordo com o que a This respondeu no dela. Como escritora, a gente sabe a barra que é escrever, a dificuldade pelas quais passamos, e ultimamente não tenho conseguido ver um livro dessa forma, apenas desgostando dele. Mas da minha coleção, se tem um que não apreciei muito foi Veronika Decide Morrer, do Paulo Coelho. Não tenho muita sorte com os livros dele, acabo pegando historias, esperando coisas diferentes e acho que por isso me desaponto (ainda tenho que aprender que o gênero do PC não é o gênero que estou pensando, rsrs),mas também porque ele me proporciou alguns constrangimentos enquanto o lia (rsrs), pelas pessoas associarem o nome do livro a mim (Verônica) e acharem que eu estava numa fase depressiva querendo me suicidar (kkkkkkkkk). Nada a ver, claro! (apesar do meu visual não ajudar mto, pois era meio gostica nessa época, rs), eu comprei ele mais por causa da curiosidade com o nome (um erro que não pratico mais nos dias de hoje, rsrs, pra não acabar falando mal de um livro só pq ele não tinha a ver comigo).

Agora surpresa...já li autores massas, tipo Euclides da Cunha (me surpreendi em como amei Os Sertões) e Graciliano Ramos (Vidas Secas), mas tem um livrinho fininho na minha coleção (e mesmo antes de estar nela ja me era favorito) que eu achei maravilhoso, chama-se Sete Ossos e Uma Maldição da Rosa Amanda Strausz, jornalista, formada na UFRJ. É um livro de contos de terror infanto-juvenis, mas que pode ser lido por qualquer idade, e sem duvida, arrepia dos pés a cabeça. Eu achei que não ia gostar, por ter essa tematica mais jovem, e saber como é historias de terror para adolescentes (normalmente com uma pitada meio comica, ou leves demais), mas ela...puxa, ela superou todas minhas expectativas, e no primeiro conto que li, numa versão digital, eu fiquei tão arrepiada (eu fui ler no escuro, no silencio da madrugada, achando que tava de boa por ser livrinho juvenil, ahaha, cai do cavalo) que tive de parar e procurar o mais rapido pra comprar. Cada conto é como um desse causos que a gente ouve, e nos deixa com um arrepio na espinha e eu adoro esses contos tipicos de terror, daqueles meio 'contos da fogueira'. Soberbo!

5 - O que acha que falta aos autores nacionais para que a barreira do preconceito dos leitores seja vencida?
Mais divulgação, mais incentivo. Que parem de nos colocar como ultimos da lista, como escrita alternativa, como se ser brasileiro nos fizesse de alguma forma 'autores amadores'. Ultimamente tenho visto a literatura nacional com outros olhos e penso que minha estante vai ficar ainda mais cheia deles. Temos de nos prestigiar, antes de prestigiar os de fora ;-)

6 - Cite 3 (ou mais) livros nacionais que espera ler em breve.
A Vida como ela É (Nelson Rodrigues, to atras faz tempo, alguém ai se habilita a me presentear, (ehehe, cara de pau!)?)
FC do B 2 (contos de ficção cientifica da Tarja, quando fui comprar, ficou indisponivel (ohh azar viu >_<), to esperando voltar a loja)
Steampunk - Historias de um passado Extraordinário (varios, da Tarja também, ja adiquirido, to aguardando chegar ^^)
(mais)
Felicidade Clandestina (Clarice Lispector, peguei emprestado, mas não tive tempo de ler mais do que dois contos, quero de volta!!)
Adorável Noite (Adriano Siqueira, o Lord dos vampiros)

7 - Indique 5 blogs para este desafio.
I - A CANETA SELVAGEM (Yvis Tomazini)
II - ALTERNATIVOS E INDEPENDENTES (Jossi Borges)
III - CONTOS DE VAMPIRO (Adriano Siqueira)
IV- FRAMBOESAS NO JARDIM (Carolina Mancini)
V - MASMORRA DO TERROR (Lino França Jr.)

sábado, 19 de março de 2011

Selos de Presente


Ainda não tive oportunidade de agradecer publicamente a amiga Celly Monteiro, do blog A Fantasista, pelos selos que me presenteou nos ultimos dias. São eles: Blog Necessário e Stylish Blogger Award.


É muito gratificante receber tal lembrança e consideração da amiga escritora. Devo a ela um tanto da coragem de sair da gaveta, que ha muito ficou naquela escrivaninha velha, jogada num canto cheia de pó. Ao ler um dos meus textos e se interessar por ele, me fez também dar novos ares a muita coisa que tinha dado como morta, rs. Acabei descobrindo nela uma parceira literária, que habitava o mesmo mundo que eu, assim como compreende a língua que falo e as terras por onde viajo, traduzindo o que nem imaginava possivel em palavras. Indentifico-me muito com ti amiga, e agradeço-te não apenas pelos selos, mas pela amizade e parceria!
Uma ressalva: também recebi esse selo do amigo e blogueiro Yvis Tomazini, do blog A Caneta Selvagem, que se lembrou do meu blog dentre os que indicou e ainda o destacou entre eles, muito obrigadão viu colega!! ;-))


Bem, o selo Stylish Blogger Award tem algumas regrinhas, lá vamos nós (mas se não puderem ou quiserem segui-la, FIQUEM A VONTADE, beleza minha gente! :-D, é pura brincaderia isso daqui! Digo ainda para não levarem a NET a sério, mas sim as PESSOAS, são elas que valem nosso tempo e consideração, por isso fiquem a vontade para seguirem a regra que quiserem no final das contas p q todos fiquem satisfeitos  ^^!): 

- Ao receber o selo deve-se repassar para quinze outros blogs. ( hmmm, vamos ver se consigo achar os 15 sem repetir alguém que ja o tenha recebido. (dias depois...) Resultado: não consegui, eheh, azar! O povo gostou mesmo assim, então ta valendo!)
- Indicar sua postagem para esclarecimentos. (Como esta, colocando as 'regras'.)
- Comunicar aos 15 escolhidos com um comentário em seus blogs.
- E incluir no seu post 7 coisas sobre você (ou 7 coisas que você esteja com vontade de falar, vai! rs).


Eis a parte difícil, agora devo dizer 7 coisas sobre mim (aiai, estava quase fugindo dessa, rsrs), como sou muito prolixa, preparem-se (ehehe):

1 - Farei 24 anos mês que vem , depois dos 21 eu parei de contar minha idade daquela maneira de antigamente (arg! hoje eu prefiro nem pensar mais...), sou paulista, moro em Aparecida, 'capital da fé', há 15 anos, porém não é dos lugares que mais amo nessa vida (bem, pouparei-os de meus singelos adjetivos sobre esta cidade e o quanto eu 'gosto' dela, rs). Nasci na cidade vizinha, Guaratinguetá, em 1987, e fui batizada como Verônica. Um amigo contou-me, como curiosidade certa vez, que a variação grega do meu nome era Beronique. Achei tão bonito que passei a usá-lo como pseudonimo na internet.

 2 - Minhas primeiras inspirações com o mundo fantastico veio apartir dos 6 anos com os filmes: Alien O Oitavo Passageiro, O Predador e a animação japonesa Akira (nenhum deles com faixa etária propria para nossa idade, rsrs).  Meu irmão e primos me aterrorizavam criando lendas urbanas ao redor dos três temas e se aproveitavam da velha casa em que moravamos para criar o clima perfeito de terror, com bonecos sem cabeça escondidos na relva e sombras que se transformavam em mutantes invisiveis. Eu devia ter ficado traumatizada com a maldade deles, mas....

3 - Minha iniciação aos livros veio através dos gibis que os mesmos colecionavam,  numa época em que estava aprendendo a formar palavras em frases. Como eu era muito impaciente, minha mãe me ensinou a ler antes que eu entrasse no jardim de infância. Posteriormente, os livros disposto na prateleira da estante deixaram de ser enfeite para mim e descobri uma caixa de livros velhos do meu pai no quartinho dos fundos. Juntei os dois a minha vontade cada vez mais avida de ler e fui montando minha propria biblioteca de livros, mangás e HQ's. Não tenho um autor favorito, e apesar de ter 21 livros do Stephen King, ele não chega a ser isso, embora tenha me influenciado muito por ter sido o que mais li do gênero durante minha adolescencia e me indentifique com seu modo peculiar de descrever as coisas, além de sua 'elefantiase literária' (rs, prolixidade). Também adoro Machado, Lispector e Poe, entre muitos e muitos e muitosss....outros.

4 - Aprendi a usar maquina de escrever aos 7 anos quando meu pai adquiriu uma para escrever um livro de memórias. Aos 12 comecei a escrever meu primeiro livro. Escrevi muito (muito) dele, mas não foi concluido, pois tenho uma incrivel capacidade de "agigantar" as coisas, rs, e nessa época não sabia controlar isso. Porém, isso me ajudou bastante a aprimorar minha escrita, a saber o que estava fazendo de errado, a destilar meu gosto pelo fantastico, principalmente por anjos e demônios e criaturas de mundos intermediarios. Minha maior influencia nisso (e na época em que iniciei minha escrita), foi a minha hq favorita (e a que mais tempo passei colecionando): Spawn - O Soldado do Inferno.

5 - Adoro rock e musica dos anos 80 (influencia do meu brother), adoro musica clássica (influencia da minha mãe) e jazz (dos meus primos). Já fui roqueira do tipo de andar de preto e cabelo vermelho, já tive um tempo quase gótico, mas hoje eu me expandi mais e gosto de variações desses estilos musicais, predominando ainda o bom e velho rock. Mas agora eu já gosto de cores (rs). Na verdade, o meu gosto por artes e pintura também influenciou a sair do periodo 'dark', e hoje tudo ao meu redor é muito cheio de cor (com ou sem pudor, rsrs). Isso também se reflete na minha mania por customização. Não consigo usar quase nada padronizado.

6 - Fiz faculdade durante 5 anos. Comecei num curso de Informática, no qual fiquei durante 2 anos, sem conseguir me adaptar. Fugi quando me deparei com a bizarra linguagem de programação em Java, pois não tenho cabeça pra pensar em coisas lógicas. Migrei de curso, e me formei em Gestão Empresarial com enfâse em Comércio Exterior ano passado. Meu TCC tinha como tema a Índia, pois adoro explorar outros países. Adoro linguas estrangeiras, arranho um pouco inglês, do qual com certa constancia (kkk) tenho estudado, acho espanhol cansativo e tedioso, e faço um esforço para continuar o francês (tá que vai ser uma lingua morta daqui ha alguns anos e me digam que eu devia mesmo é aprender mandarim, pois a China estará dominando tudo na próxima decada, mas eu ainda prefiro a beleza e poesia à realidade, rs).

7 - Trabalho para o  Detran de São Paulo há mais de um ano quando sai do meu estágio da faculdade num escritório de engenharia civil. Descobri que acreditei numa lenda incrível: funcionário publico ganha bem e não faz nada. AH-AH-AH! Eu não TT_TT....(sniff...)
Anexo ao 7: Quero comprar uma moto, porque não aguento mais passar minha vida perdendo tempo dentro de ônibus.

É isso ai! :D